2 de junho de 2007
Homenagem a Miguel Veiga
A homenagem foi organizada pela Junta de Freguesia de Nevogilde cujo presidente, João Luís Roseira, foi o primeiro a falar perante uma mesa em que estavam o Presidente da República, o presidente da Assembleia Municipal, Aguiar Branco, Artur Santos Silva e ainda Maria Amélia Almeida, presidente da Fundação Cupertino de Miranda, onde a sessão teve lugar.Falou da mulher, “a encantadora e doce Belicha”, que “entrou na minha vida já eu crescido e algo gasto, minha mulher pela vida fora e pela vida dentro e mais ainda, minha-senhora-de-mim”, como agradeceu também aos “amigos fraternos” Artur Santos Silva (com quem partilhou em Coimbra a República dos Gansos e, mais tarde, a fundação e a saída do PPD). Falou também de “Nevogilde sobre o mar”, da tribo da Foz do Douro e da casa onde sempre viveu e de como não conseguiu rejeitar a homenagem. “Como costumo dizer, sou como os gatos, gosto que me façam festas.”“Pareço-me com um político de vez em quando, mas mesmo quando intervenho politicamente, advogo causas, quase sempre de cidadania”, disse no seu estilo bem conhecido depois de um grande elogio a Aníbal e Maria Cavaco Silva (também presente). As suas convicções são o personalismo humanista, a social democracia, liberalismo cultural e político, “não conservador, antes radical, republicano, reformista e progressista” e diz optar sempre “por um lado da barricada: a liberdade como direito e até como desejo”.“É urgente e vital preservar a dignidade do primado da política”, disse. “Bato-me contra esta democracia de opinião que deriva de uma representação selvagem, isto é, tanto de uma delegação de poder em novos agentes que não escolhemos democraticamente, como de uma encenação de crueldade. É uma democracia reactiva, instintiva, que fala mais do que pensa e se agita mais do que age”.
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